tag:blogger.com,1999:blog-83907972895050296522024-03-12T20:54:08.423-07:00Deus e o AteuRafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.comBlogger62125tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-55044989022558352812018-03-05T15:56:00.000-08:002018-03-05T15:56:23.923-08:00Novo BlogEstou com um novo site. O <a href="https://expressario.com.br/" target="_blank">Expressário</a>. Corre lá que tá bem legal.Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-83625219194548808212016-11-22T05:15:00.000-08:002016-11-22T05:19:05.004-08:00Crítica Black Mirror (sem Spoilers)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/2/24/BlackMirrorTitleCard.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/2/24/BlackMirrorTitleCard.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Black Mirror é o seriado de ficção cientifica com maior expressão dos
últimos anos. Colocando nossa relação com a tecnologia como plano de fundo para
retratar relações humanas, nos proporcionando aquela sensação que parece o
misto de sensacionalismo, com ótimas tramas entre personagens. Tramas estas que
conseguem ser muito bem construídas apesar do tamanho de cada episódio. E o
principal, sempre tudo parecendo muito verossímil. E sobre nós mesmos, sobre o
nosso tempo.<o:p></o:p><br />
<br />
A tecnologia é posta como algo bem natural na série, não se tenta fazer um
“show-off” de futurologia no estilo De volta para o futuro. É muito mais uma
questão de se expandir o que se tem por aí. Colocando a interação social como
tendência tecnológica dando suporte ao comportamento humano e não o moldando.
Ou seja, tenta colocar a tecnologia não como solução das inseguranças humanas e
seus comportamentos, mas sim, só como plano de fundo.<o:p></o:p><br />
<br />
<b>Tecnologia</b><o:p></o:p><br />
<br />
Tecnologia vem do grego τεχνη (técnica, arte, ofício) e λογια (estudo) ou
seja, tecnologia é o estudo da técnica ou estudo do ofício, logo, a tecnologia
tem como função básica estudar (e resolver) nossas tarefas diárias. Desta
maneira tudo que nos cerca é tecnologia, uma enxada para capinar foi em algum
momento um avanço tecnológico, uma caneta esferográfica é um avanço
tecnológico. E nem por conta disso esses avanços são vistos como maléficos,
mesmo se alguma pessoa use uma caneta para cometer um assassinato.<o:p></o:p><br />
<br />
Na série a tecnologia é posta como plano de fundo, de modo algum existe um
discurso moralista anti-tecnológico. Algo presente em Clube da Luta, por
exemplo, onde o personagem Tayler Durden (Brad Pitt) fala explicitamente que a
visão dele de futuro seria de pessoas com apenas um casaco feito de pele de
animais e caçando seu próprio alimento, e para chegar a esse objetivo começa
destruindo os servidores de cartão de crédito. Nesse sentido, black Mirror (BM)
caminha para o lado diametralmente oposto. A tecnologia é inexorável,
entretanto, não molda nosso modo de ser, mas sim, nosso modo de agir. Nesse sentido
amoralista, BM é perfeito.<o:p></o:p><br />
<br />
<b>Visão de Futuro</b><o:p></o:p><br />
<br />
A visão de futuro de BM é nosso presente, porém "exagerado", o que
dá um tom sensacionalista à série. Quase como se uma situação fosse elevada ao
máximo, quase como se sempre as pessoas levassem tudo a últimas consequências.
Criação de olhos tecnológicos como google glass só que lentes implantadas,
aplicativos que avaliam as pessoas (futuro!? Isso já é presente), carros que
pilotam sozinhos (futuro!? Isso já é presente), abelhas drones, e centenas de
interfaces tecnológicas que permeiam todo nosso estilo de vida.<o:p></o:p><br />
<br />
Nada é muito estereotipado, não existem carros voadores, não existem comidas
que se criam sozinhas, tênis que se amarram sozinhos. Isso dá uma riqueza ao
gênero de ficção cientista que parece muitas vezes mais interessado em
futurologia excêntrica do que visões mais realistas do hoje. Mas é
essencial ressaltar, BM não é uma série que tenta prever o futuro, de modo
algum, na verdade, pouco importa se a tecnologia caminhar para aquele lado ou não.
Talvez não caminhe, o Google Glass foi descontinuado, por exemplo. Mais uma
vez, o que importa na série é a relação humana.<o:p></o:p><br />
A tecnologia de BM é bem individualizada. Afinal todas as visualizações e
sensações geradas pela tecnologia são individuais na série. Isso, inclusive é
uma crítica bastante usual à série, a humanidade ser retratada como cada vez
mais egoísta e individualista. Vejamos, a criação do VHS é um exemplo preditivo
que a experiência individual seria a tendência deixando de lado a experiência
coletiva. As redes sociais hoje formam bolhas de pensamento também, reforçando
o que pensamos e excluindo o diferente. Mas uma vez, a série só explora de
maneira “exagerada” a relação já existente, a bolha da individualidade.<o:p></o:p><br />
<br />
Afinal, a bolha existe, claro, mas ela é resultado de um processo de
objetivação acentuada dos padrões de consumo de informação, alimentados pelo
exercício da individualidade que se mostra como essencial para sua realização,
ainda que limitada em sua esfera de libertação (vende-se como liberdade, o que
não é livre, não se há escolha de nada, no final das contas – mas isso é
assunto para outro texto). Essa questão de falsa sensação liberdade é abordada
no segundo episódio da primeira temporada.<o:p></o:p><br />
<br />
<b>Conclusão</b><o:p></o:p><br />
<br />
<br />
Black Mirror em questão de geração de debates, de geração daquele sentimento
“caramba, preciso falar disso” foi a série que mais causou isso nas pessoas nos
últimos tempos. Amoral, filosófico e crítico aos tempos atuais. Recomendo
demais. <o:p></o:p>Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-22896017616929416362015-12-15T00:00:00.000-08:002015-12-15T08:05:49.837-08:00A salvação do Rock e os festivais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWAf5AlF6HL17mpAqF9BcizRSCeUhCJKRsWbDgbBQCmtMDuQ0BtMa2i3K5gwQPxCVSI-Siy1Z2j9zaSm0UPtgLQGThM2J-iEQU85KsmydjHL48SLxV5Zl6Xcm4NrpyS8w68StQd6V7zejK/s1600/consagradas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWAf5AlF6HL17mpAqF9BcizRSCeUhCJKRsWbDgbBQCmtMDuQ0BtMa2i3K5gwQPxCVSI-Siy1Z2j9zaSm0UPtgLQGThM2J-iEQU85KsmydjHL48SLxV5Zl6Xcm4NrpyS8w68StQd6V7zejK/s400/consagradas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Discutem sofre a salvação do rock desde os anos 60, quando
os Beatles tornaram o seu som mais conceitual, já haviam burburinhos que o rock
estava morto. Lembro de uma mitológica entrevista do Mike Patton (Faith
no more) feita pelo Zeca Camargo ainda em tempos de MTV. O entrevistador
pergunta sobre a salvação do Rock, e Patton é categórico ao dizer “O Rock já
morreu”. Ele disse isso em 91, ano onde o Nevermind do Nirvana explodia, e os
Guns n roses eram um dos maiores artistas da época, tanto quanto Michael
Jackson ou Madona. Sobre essa ideia de que o rock morreu, ainda existem
entrevistas com Raul Seixas em que ele, já nos anos 70, dizia que o rock já
estava morto. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Vendo por esse lado, o Rock já nasceu morto. </span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAsSthGTOmj52_7WPKxh8k925u1KPolBuust15JeHD14LYGIgpZ5xFmmlmVjV00GDl4QB1RT3TUYJ1XVf2niAkBeGrFyQDBzOY3XkiBNNF92OZ_Y0SVqNxFW3014_oM1R5hQKx89g2b-Yy/s1600/download+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAsSthGTOmj52_7WPKxh8k925u1KPolBuust15JeHD14LYGIgpZ5xFmmlmVjV00GDl4QB1RT3TUYJ1XVf2niAkBeGrFyQDBzOY3XkiBNNF92OZ_Y0SVqNxFW3014_oM1R5hQKx89g2b-Yy/s400/download+%25281%2529.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Dizer que algo precisa ser salvo remete a ideia que aquilo
corre perigo, mas o que corre perigo? O Rock rasgado do Led Zeppelin, o
espírito rebelde dos Ramones, o que está em perigo? Penso que esses sons estão
presentes em bandas modernas. Jack White ou wolfmothers são tão rock n roll
quanto qualquer banda dos anos 70, a já finada banda dos anos 2000, the
Libertines tinham integrantes mais malucos do que qualquer Sid Vicious. Por
este aspecto, os elementos básicos do rock estão aí sim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8aiICLpPeIEryV-BFt-ZhvGQtaxYmfTc3pz8O8gA5eeealHHkqcB4b1mBVcmWoRrWQy3W84Lm7IICqsbbrNv9SVzkQXyyuaIIxs9RnBWJgJV3GzBkiMqclUTfi5q2bh8unh_CpVMUc-kV/s1600/images+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8aiICLpPeIEryV-BFt-ZhvGQtaxYmfTc3pz8O8gA5eeealHHkqcB4b1mBVcmWoRrWQy3W84Lm7IICqsbbrNv9SVzkQXyyuaIIxs9RnBWJgJV3GzBkiMqclUTfi5q2bh8unh_CpVMUc-kV/s400/images+%25281%2529.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Diziam antes que as gravadoras levavam o rock a morte, estas
que por sinal, não atrapalharam no processo criativo dos Beatles, entretanto,
essa era a desculpa clássica dos rockeiros pré-internet. As gravadoras
morreram, se não morreram, estão em coma, e mesmo assim o rock continuou morto
para alguns.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">A pergunta não é “Como salvaremos o rock?” ou “Quem salvará
o Rock?” a pergunta correta é “O Rock precisa ser salvo?”</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">O primordial para salvação é que o objeto queira ser salvo.
E a quem interessa salvar o rock, salvar de que? Salvar da “popzação”? Ser Pop
nunca incomodou o rock, Elvis é um símbolo do mundo pop, então o berço do Rock
é muito pop. O Rock está ficando muito coxinha? Bom, os Beatles tocavam de
terno e com cabelos perfeitamente penteados, e o baterista do Avenged Sevenfold
morreu de overdose, então a teoria do rock ser coxinha é um pouco maluca. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Mas o rock não é mais protagonista? Sim, isso é verdade, a
maior banda da atualidade, o Arctic Monkeys, não tem metade da penetração na
mídia que o Nirvana teve, entretanto a Adele ou a Lady Gaga também não tem o
mesmo alcance da Madona. O Mercado musical está menor, isso não é só pro rock.
Hoje a mídia tem um pouco mais de dificuldade de mandar em quem o público
gosta, em 2013 ocorreu uma tentativa de se criar o pagode universitário, a
industria já estava deslumbrando o possível fim do sertanejo Universitário, o
termo Pagode Universitário foi relacionado a grupos como Sorriso Maroto e
Revelação, entretanto a massa queria mais sertanejo universitário, e a
tentativa da industria falhou miseravelmente.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRJH9SHIIVl4zUrB5c6leBYs1CC9ZH0d34IdGVQzRJh1kVkC72vWkyzL0aFdCRXLk4XVfkPbGS7pr3pphc-8NdZHWRpL0I_N_kEdGJ9TLL2GMzh7ZN038y-iBPNlzllBlhe_VFh7ryPPDi/s1600/images+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRJH9SHIIVl4zUrB5c6leBYs1CC9ZH0d34IdGVQzRJh1kVkC72vWkyzL0aFdCRXLk4XVfkPbGS7pr3pphc-8NdZHWRpL0I_N_kEdGJ9TLL2GMzh7ZN038y-iBPNlzllBlhe_VFh7ryPPDi/s400/images+%25282%2529.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Credito isso a internet que hoje distribui mais música do
que qualquer outro meio já distribuiu na história. Não gosta de sertanejo, não
gosta de Rock, sua área é o Reggae? O Soja lota casas de show no Brasil sem
nunca ter tocado no rádio massivamente. Pro Rock vale a mesma lógica, acreditem
em mim, existem MILHÕES de bandas de rock por aí lançando coisas de todos os
estilos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Então parem de dizer que o rock morreu, o que morreu foi sua
vontade de procurar coisas novas. Essa preguiça de procurar coisas novas é
representada pela diferença entre o Lollapalooza e o Rock n Rio, o primeiro que
até o momento nunca repetiu uma banda, e o segundo que insiste em trazer o
Metálica pela milionésima vez. Olha que interessante, qual dos dois festivais
tem maior impacto no Brasil? O rock n Rio é claro, pessoas saem de todos os
cantos do Brasil para acompanhar o festival, movimento que não ocorre no
Lollapalooza. Talvez esses dois festivais já representem bem a resistência ao
novo que faz com que muitos digam que o rock morreu. </span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMJIrlJplFgqy8wN-JnfcuaVj0p-LYAwBppiAW1s6fMkolrEznnvsBoQIK-ecbLh1ZvxWiZf4GKYu8sIvdrLNiHBIvzAs4AOOz6KlZlU_FKLlAdInZPJbU6tB_HhC-HUC1U_jHZp-iuJqP/s1600/download+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMJIrlJplFgqy8wN-JnfcuaVj0p-LYAwBppiAW1s6fMkolrEznnvsBoQIK-ecbLh1ZvxWiZf4GKYu8sIvdrLNiHBIvzAs4AOOz6KlZlU_FKLlAdInZPJbU6tB_HhC-HUC1U_jHZp-iuJqP/s320/download+%25282%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Então se você abre a boca pra comentar sobre a morte do
rock, recomendo procurar a Line Up do Lollapalooza, não só desse ano, procure
também as do anos anteriores, você vai ter contato com a vanguarda do rock,
garanto, você se surpreenderá com muitas bandas. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">*Texto originalmente postado em Abril de 2015</span></div>
<br />Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-17970028424703660242015-10-28T10:56:00.001-07:002015-10-28T10:56:35.329-07:00Novo BlogOlá Pessoal!<br />
<br />
Alguns de vocês sabem, outros não. Mas estou com um novo blog sobre emagrecimento.<br />
Ta ficando bem legal.<br />
<br />
<a href="https://sextaanovasegunda.wordpress.com/" target="_blank">Sexta, a nova segunda</a> entrem lá e confiram.Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-26899357480236940092015-10-21T03:00:00.000-07:002015-10-21T03:00:02.447-07:00Filantropia e conto do bom cristão <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhoZ9fZZaDN_MOsc5oFErUiHPzumrdQohylifHVO0okeICWk8_7CE_AV4b7KqZKdszI67RHaA3_MhmCJAxIJYsL0mLb0rXSS9Q957PIhL9F5cCgw1AJM-16zBFNLEvwR0FhukWRHlzbHF3/s1600/strategy-114-WIW-delivery-pop_4108.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhoZ9fZZaDN_MOsc5oFErUiHPzumrdQohylifHVO0okeICWk8_7CE_AV4b7KqZKdszI67RHaA3_MhmCJAxIJYsL0mLb0rXSS9Q957PIhL9F5cCgw1AJM-16zBFNLEvwR0FhukWRHlzbHF3/s400/strategy-114-WIW-delivery-pop_4108.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Não sou muito fã de filantropia, acredito que distribuição
de renda, que no fundo quase toda ONG/fundação acaba sendo sobre isso, é função e
obrigação dos governos. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas a empresa TOM SHOES, como possui lucro, não se trata de
uma ONG, me chamou atenção, por ter outro foco, como Blake Mycoskie, criador da
empresa, diz em suas palestras, “iniciativas de filantropia que possuem lucro
são mais duradouras” o que faz todo sentido e com isso o esquema criado é o “um
pra um”, onde a cada sapato vendido pela empresa eles doam um outro sapato, ou
seja, o sapato vendido nas lojas já incluem o custo do sapato vendido, do
sapado doado e um lucro pra empresa, sem contar os custos de transportes. Em
linhas gerais, usando valores hipotéticos, se um sapato custa U$ 30, ele
cobraria U$ 70 (30 para um sapato, 30 para outro e 10 de lucro) e uma mesma
empresa sem fins filantrópicos venderia por U$ 40 (menos 30 do segundo sapato).
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quando conheci a ideia meu sentimento ficou dividido,
trata-se de um pensamento altruísta ou apenas um Marketing para venda de
sapatos Alpargatas (que são uma espécie de Bambas sem cadarços). Bom, as coisas
nem sempre são pretas ou brancas, existem muitos tons entre essas duas cores,
então realmente é possível que seja os dois. Blake como bom americano, é
capitalista e quer ganhar dinheiro, não há nada de errado nisso, todos nós
trabalhamos para ganhar dinheiro, e ele conseguiu convencer um pequeno grupo de
pessoas ligadas a reconstrução de igrejas destruídas pelo furacão Katrina a
ceder U$ 1 milhão para a iniciativa, capital que foi necessário para começar as
operações, mas é bem claro que não foi somente uma campanha de Marketing
similar a diversas empresas como Nike, Adidas e Puma fazem, que visivelmente só
querem um desconto no imposto de renda e posar de boazinhas para sociedade. Já
que como ele mesmo conta, a ideia veio de um visita a Argentina onde ele
descobriu que havia um grupo de crianças que puderam se inscrever na escola por
não terem sapatos, o que é uma vergonha para um país como Argentina. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
O fato é que não podemos afirmar o que passa na cabeça de
Blake Mycoskie ou de qualquer outra pessoa com ideias altruístas, mas sim que o
no mínimo ele faz parte do conto do “bom cristão capitalista” e deixo que você
que está lendo isso chegue a sua própria conclusão se isso é benéfico ou não ao
mundo. </div>
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-65507765690618941882015-10-20T03:30:00.000-07:002015-10-20T03:33:35.143-07:00A parte não escrita sobre o abandono do bebê em Higienópolis <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPkcKzrUcE8NkXvHNrHKJ18iWN9qE8QgmrX5rysTGMdgD0aIUCkgE7AroB8sAxgZsnxIiicyb8ecJcwKi5htgyzkwh11RFpzVdbixyATrdcn5dBYlS1DVIkLNyoxlOfnzpOYQcYwgo5ZNn/s1600/1444175017093.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPkcKzrUcE8NkXvHNrHKJ18iWN9qE8QgmrX5rysTGMdgD0aIUCkgE7AroB8sAxgZsnxIiicyb8ecJcwKi5htgyzkwh11RFpzVdbixyATrdcn5dBYlS1DVIkLNyoxlOfnzpOYQcYwgo5ZNn/s400/1444175017093.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Notícia cruzou o Brasil: <a href="http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,policia-detem-mae-que-abandonou-crianca-em-higienopolis,1776232" target="_blank">"Polícia detém mãe que abandonou criança em Higienópolis" </a><br />
<br />
A tocante e comovente reportagem coube em sua capa a linda médica que realizou o atendimento da criança. Entretanto em momento algum, tenta contextualizar a história da tal mãe.<br />
<br />
Não coube que essa mãe habitava uma minúscula senzala próxima a área de serviço, também conhecida como "quarto de empregada".<br />
<br />
Não coube que ela abandonou o bebê para não perder o emprego.<br />
<br />
Não coube o pai.<br />
<br />
Não coube que seus patrões ficaram 9 meses sem perceber que ela estava grávida.<br />
<br />
Não coube que ela fez o parto sozinha no banheiro de empregada.<br />
<br />
Não coube que a única frase dela que o jornal nos deixou que soubéssemos foi: "Fiz por desespero"<br />
<br />
Não coube que ela esperou até o bebê fosse achado, enquanto corria para casa antes da patroa.<br />
<br />
Não coube a filha de 3 anos, que agora está na <strike>senzala</strike> quarto de empregada sem a mãe.<br />
<br />
Não coube que a mulher tem um filho de 17 anos que mora no nordeste longe da mãe.<br />
<br />
Não coube que a poucas quadras dali existe uma clínica de aborto para os ricos de Higienópolis.<br />
<br />
Não coube sequer os nomes dos seus <strike>senhores</strike> patrões.<br />
<br />
Não coube que ela foi presa arrastada pela polícia de maneira covarde.<br />
<br />
Óbvio, não coube toda a hipocrisia dessa situação toda.<br />
<br />
Qualquer semelhança com <a href="http://deuseoateu.blogspot.com.br/2015/10/que-horas-ela-volta-critica-com.html" target="_blank">"Que horas ela volta?"</a> é pura coincidência<br />
<br />Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-24603874375516018102015-10-19T03:00:00.000-07:002015-10-19T03:10:42.223-07:00O ócio e o negócio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghhNoZlEPN94WU2Edq0lBuv7Hj3YWiqMJ0LnUanvkiWzpxaCPsXvg9j9pv7dxJCcsWJjqu3jTK7K_y6rM4oPty0QCvnCVTQy1AbhjcWUEuaVHtsg8kKMMnw5yyDPqSS5oFcsO9GmcSlfy_/s1600/hqdefault+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghhNoZlEPN94WU2Edq0lBuv7Hj3YWiqMJ0LnUanvkiWzpxaCPsXvg9j9pv7dxJCcsWJjqu3jTK7K_y6rM4oPty0QCvnCVTQy1AbhjcWUEuaVHtsg8kKMMnw5yyDPqSS5oFcsO9GmcSlfy_/s400/hqdefault+%25281%2529.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pensamento e ócio são indissociáveis. O
desenvolvimento do pensar só é possível a partir da reflexão, e reflexão só
existe com tempo livre. Ócio é lazer, descanso, passeio, mas principalmente
pensar. Já o negócio é o não-ócio, a negação do ócio. Podemos encarar que o
negócio sem o ócio não é nada produtivo, não é preciso muito conhecimento para
saber que agir sem pensar não é uma boa ideia. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Para Platão, o ócio era o principio da Filosofia, em conexão
com a Verdade (Verdade com V maiúsculo mesmo) e a liberdade, porque só pode-se
dedicar a Filosofia quem tem tempo para isso. Aristóteles definiu o confronto
entre ócio e negócio assim: “Somos ativos a fim de ter ócio”, daí a felicidade
que todos os trabalhadores e trabalhadoras têm ao receberem um aviso de férias.
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Insistem que o conhecimento já não é produzido do ócio, e
sim do processo produtivo. Assim, nossa relação com a natureza mudou, queremos
dominá-la, explorá-la, adaptá-la às nossas necessidades, já o ócio pretende
contemplá-la. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Hoje, o ócio simplesmente não tem espaço. E até a breve alegria
de 30 dias anuais dos trabalhadores, isso para os que não vendem parte das
férias, se tornou um negócio, milionário por sinal. A industria do turismo não
deixa que nosso ócio seja só ócio. A humanidade conseguiu o improvável,
industrializar o ócio. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas não devemos encarar a necessidade de ócio como se ele
fosse alcançado somente nas férias, ou finais de semanas, quanto na realidade,
diariamente o tempo livre deve ser alcançado, tempo para pensar em problemas do
trabalho, em contextos, em situações. Sem ócio, nos tornamos meros
repetidores. Talvez nós já sejamos apenas uma cópia, de uma cópia, de uma
cópia, de uma cópia ... </span></div>
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-8820097459522718092015-10-16T03:00:00.000-07:002015-10-16T04:18:43.363-07:00Je Suis Périphérie<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNZSlagshSJbW3uKVpBDJr97XSm_wJBV191P-oMbARTes0K3Id6qfzbyXqM2zTdhd6pnVYfkVHhqbLjp7CJ1NcdNSZ6CNxC2os834xIh28sIbdcIP2-SMIoTpA2QtplJf3WUscnWaCRSeN/s1600/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNZSlagshSJbW3uKVpBDJr97XSm_wJBV191P-oMbARTes0K3Id6qfzbyXqM2zTdhd6pnVYfkVHhqbLjp7CJ1NcdNSZ6CNxC2os834xIh28sIbdcIP2-SMIoTpA2QtplJf3WUscnWaCRSeN/s400/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES" style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A história de
três mortes brutais. Eduardo Campos, candidato à Presidência da República,
sofre um acidente de avião e tem sua vida interrompida. Um atentando em Paris
executou friamente cartunistas da revista francesa Charlie Hebdo. E a alguns
meses, numa ação muito pouco justificada, a Polícia Militar da Bahia matou 15
jovens negros, que, ao que tudo indica, foram torturados, humilhados, quando já
rendidos. Três episódios, mas somente dois causaram comoção coletiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Racismo,
pobrefobia, idolatria do Norte Global e produção social da indiferença são
algumas das razões que explicam a desigualdade afetiva diante da morte. Durante
o atentando em Paris, o tema da comoção seletiva foi bastante discutido. Por
que, afinal de contas, algumas mortes comovem mais do que outras? Sobre a
questão da identificação durante a cobertura da morte de Campos. Havia um
sentimento forjado de proximidade. Ele tinha aparecido em rede nacional no dia
anterior. Imaginávamos que podia ser nós naquele avião. E, claro, era jovem,
branco e de olhos claros. No Charlie Hebdo foi diferente, já que em casos de
terrorismo contra países desenvolvidos a mídia internacional ajuda na
“espetacularização”. Junto a isso, as elites intelectuais brasileiras
contribuíram para a comoção: incorporaram a hashtag, mandaram fotos da marcha
de Paris e, claro, mostravam suas ligações com a revista e com a França. Não há
absolutamente nada de errado com nenhuma dessas atitudes. Eu me horrorizei com
ambas as mortes e me solidarizei profundamente com as vítimas. Só que, se a
comoção seletiva da morte é construída por meio da identificação, apenas não
acho palavras para justificar o silêncio perturbador e a indiferença em relação
aos 15 meninos negros, pobres e rendidos. Não nos identificamos também com
essas pessoas? Por quê?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A dor e o amor
são sentimentos socialmente construídos. Isso significa dizer que a cultura
influencia nossos padrões afetivos. Mas mais do que cair numa explicação vulgar
culturalista, é importante situar esse conceito dentro de uma perspectiva da
hegemonia de Gramsci, em que a cultura é tecida entre valores e interesses
dominantes do establishment. A nossa comoção por uns e não por outros é,
portanto, um fato ideológico e reflete – para nós brasileiros – uma dominação
que é contra nós mesmos: ela reage a um imaginário branco que nega o fato
elementar de que somos uma sociedade predominante negra. Matamos a nossa própria
singularidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Se todo o
silêncio sobre esse genocídio se justifica “porque, afinal, isso é triste, mas
ocorre todos os dias”, então, eu preciso dizer, sem medir minhas palavras, que
isso é um ato de canalhice intelectual. Somos, então, uma máquina concomitantemente
passiva e ativa da biopolítica estatal. Passiva porque deixamos o Estado
gerenciar as vidas humanas que valem mais, mas somos ativos com nossa
indiferença à violência estrutural e ao sofrimento social: ao nos indignarmos
com um tipo de morte e ignorarmos outro tipo, somos parte da
“governamentalidade” que “deixa morrer” – como diria Foucault. Fazemos uma
escolha do tipo de morte que vale sofrer e, portanto, dizemos o tipo de vida
que merece existir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dando
continuidade ao conceito de política da vida de Michel Foucault, a política da
morte. Ele versa sobre a vida nua daquele que nasce em um grupo cuja existência
não conta como vida e é, portanto, destituído de direitos. Os 15 jovens negros
da periferia são atualização desse homo sacer: corpos nus, violentados,
excluídos da lei. Eles são amostras de um permanente Estado de Exceção, que
suspende a lei e pratica a morte em massa. O Estado brasileiro hoje, enquanto
estrutura (e não enquanto um governo, um partido ou um ator social em
particular), adota a política da morte. E isso é legitimado socialmente –
quando não desejado conscientemente – já que a cultura produtora de emoções é
um produto ideológico. Basta ver as reações – ou melhor, a não reação – às
declarações do <span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">governador da Bahia</span> que disse que o fuzilamento era como um
artilheiro diante do gol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A não-tomada de
posição é uma tomada de posição. Somos parte do establishment e conveniente com
modo operante assassino que perpetua no Brasil. Julgamos aqueles que, de forma
mais consciente, dizem que bandido bom é bandido morto, mas é exatamente isso
que permitimos quando ignoramos a morte desses jovens. Qual a dimensão da
indignação nas suas redes sociais pelo o que ocorreu? Nenhuma! Talvez vocês nem se lembrem disso. Reproduzimos a
indiferença social sobre essas “vidas nuas”: as populações vulneráveis
indígenas, negras, homossexuais e pobres. Choramos a morte de artistas
franceses – e justificamos que há um crime maior em jogo: a liberdade de
expressão. Concordo. Eu apenas penso que, por de trás daqueles meninos
executados sem qualquer justificativa plausível, também temos algo maior em
jogo: a construção de uma sociedade livre, democrática, justa, diversa, em que
todos os corpos valham a mesma coisa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mais trágico do
que a estupidez da morte, somente a miséria humana de nossa indiferença.</span><o:p></o:p></span></div>
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-6097247028449896972015-10-15T04:00:00.000-07:002015-10-15T06:17:56.309-07:00Somos milhões de Cunhas<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
Penso que há bons anos não via uma frase sintetizar tão bem
o estágio político e civilizacional de boa parte da sociedade brasileira. A
faixa estendida durante uma das últimas manifestações contra o governo, mirando
alvo esquerdista – mais especificamente os governos do ex-presidente Lula, da
atual presidente e o Partido dos Trabalhadores – foi de uma precisão mais que
cirúrgica, e porque não dizer profética, sobre as entranhas de um país que,
desde a sua colonização, continua a se revelar perverso, covarde e hipócrita.
Atirou no que viu e acertou no que não viu. A cordialidade brasileira é um mito
para inglês ver.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj88ZF2ZpAUFcK_OaAw63OlBiQJfDj4qqFElqOOZE66EnYAgITDZxSSimVHt9SZgVsDDoPypt6922cmkKkQPebkT8URWzMQduCbn6WuzuQMuy6R3stKfE5yhrMbif_yrY2FwX0pZS96SUEx/s1600/cunha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj88ZF2ZpAUFcK_OaAw63OlBiQJfDj4qqFElqOOZE66EnYAgITDZxSSimVHt9SZgVsDDoPypt6922cmkKkQPebkT8URWzMQduCbn6WuzuQMuy6R3stKfE5yhrMbif_yrY2FwX0pZS96SUEx/s400/cunha.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
E não adianta alguém dizer que estou generalizando, que é um
exagero, porque é exatamente isto o que estou fazendo: generalizando. Chega de
bom mocismo, hipocrisia e do jogo do faz de conta. O vandalismo e as frases
excretadas em folhetos atirados no funeral de ex-presidente da Petrobrás José
Eduardo Dutra há poucos dias não me deixam mentir.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Saímos das margens da ditadura de fato para nadarmos até a
outra margem, a da democracia consentida, feita de uma justiça mais do que cega
e de discursos ocos de justiça social. De análises feitas em cima da perna e de
uma inacreditável esperança de “união do país” pela democracia, dos lugares
comuns como “o Brasil é maior que a crise que enfrenta” e coisas do gênero.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Somos uma mistura de cidadãos como o “Burunga” e um pouco
como o Admir, fiscal da prefeitura. Querem ver?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
01 – Burunga, cujo nome verdadeiro ninguém sabia ao certo,
era exímio pescador. Tão exímio que, na sua última proeza, conseguiu esconder
numa velha garagem um Nissan Sentra, ano 2014, sem que os vizinhos dessem por
isso. Esperou três meses para tirar o carro da garagem, tendo tomado o cuidado
de trocar-lhe as placas. Por experiência própria e até por discretos contatos
em delegacias de bairros sabia ser três meses o tempo mais do que suficiente
para o dono do veículo surrupiado receber o dinheiro do seguro.No dia de
estrear o novo carrão, Burunga acordou cedo, engoliu o café às pressas e foi
até a papelaria comprar o adesivo especial que escolhera para colocar no vidro
traseiro do carro. Aí pelas dez e meia da matina, com o coração palpitando,
ligou a máquina, abriu a porta da garagem com cuidado e saiu sem muito
estardalhaço de casa. No vidro de trás o adesivo vistoso refletia a confiança e
a fé de seu novo dono: PRESENTE DE DEUS.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
02 – Tão logo se aposentou, o “seu” Jairo, com a ajuda da
mulher Tânia, montou a sonhada lojinha de doces e salgados, onde a máquina de
fazer café, novinha em folha, era o orgulho dos donos. Inaugurada a lojinha, a
freguesia foi aparecendo, inclusive o fiscal da prefeitura, de nome Admir, há
trinta anos como fiscal, servindo a vários partidos de diferentes prefeitos.
Passou para ver “se estava tudo em ordem”. E estava. Para não perder a viagem,
o tal Ernesto, pediu uma “contribuição” para a inspeção feita, no que foi logo
contestado pelo dono. Com jeito o fiscal encontrou logo a maneira delicada de
dizer que, se não recebesse a contribuição, viria alguém para aplicar uma multa
ao estabelecimento. “Nós, os fiscais, somos uma família há muitos anos e dessa
o senhor não escapa”, sentenciou. E saiu porta afora. Dona Tânia, que ouvira a
conversa, sentou-se ao lado do marido e desabafou: “é isso aí, só podia ser com
um prefeito do PT… Tudo ladrão”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Perceberam, não, irmãos? Que tal orar num templo de
seiscentos milhões de reais, ou até em outro mais simples, bater no peito e
levantar as mãos para os céus? Apontar o dedo para a corrupção alheia e fazer
aquela carinha “de não tenho nada a ver com isso”. Ou de “Deus ajuda a quem
cedo madruga”. Como alguns milhões de outros brasileiros que se têm na conta de
bem informados, Burunga, “seu” Jairo e dona Tâina, adoram a novela das oito e
o Jornal Nacional. O Faustão, o Fantástico, o BBB… Mas vamos adiante.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
03 – A senadora Marta Suplicy, descontente com o rumo tomado
pelo Partido dos Trabalhadores ingressa no PMDB e em solenidade no Congresso,
ao lado dos presidentes das duas casas legislativas, ambos do PMDB, afirma que
irá combater firmemente a corrupção no país. Nada como a coerência, a abnegação
e a convicção ideológica da maioria dos nossos representantes no Congresso
Nacional.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
04 – Jurandir, que graças ao hábito de só ir para a cama por
volta das três da madruga depois de umas latinhas de cerveja, ganhara o
carinhoso apelido de “vigilante noturno”. Considerava Fernandão seu melhor
amigo, desde que este lhe proporcionara ir trabalhar como free-lance numa
produtora de filmes publicitários. Fernandão era um entre vários produtores da
Cosmopolitan Filmes e Vídeos Ltda., encarregado, entre outras tarefas, de
conseguir locais para filmagens e contratação de modelos. Várias vezes fora aconselhado
a abrir sua própria firma para dar notas fiscais de seus cachês. Teimoso,
Jurandir disse que comprava suas notas e não queria complicações com
contadores. Resolvia tudo o mais rápido possível. Como muitos à sua volta o
Fernandão gostava de dizer: “pagar imposto para que? Não ganho nada com isso e
os políticos é que metem a mão na grana…”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A senhora Marta Suplicy, veterana política e sexóloga
paulista, e o Fernandão sabem onde metem os bedelhos, com certeza. Sempre ao
lado do bem, a senadora não iria trocar de partido se não soubesse que a troca
continuaria a lhe granjear louvores pelos seus esforços contra a corrupção, os
chamados desvios do seu antigo partido. Afinal, nem todo dinheiro enviado para
a Suíça poderá ser considerado um dinheiro “sujo”. Sob “certos aspectos”,
grande parte da elite econômica brasileira já introjetou na sociedade, através
de seus principais porta-vozes na imprensa, e isso desde o final do império
pelo menos, que existe uma “corrupção do bem” e uma “corrupção do mal”. E,
portanto, transferir conceitos para frases como “bandido bom é bandido morto”
para “petista bom é petista morto” é apenas uma questão de tempo. Impressiona,
o silêncio do Ministério da Justiça.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Natural que se construísse também no país uma “justiça para
o bem” e outra “justiça para o mal”. Justiça para o bem é aquela que solta
‘habeas corpus’ em 48 horas para meliantes de gravata Hermés, que deixa nas
gavetas do judiciário alguns processos que irão prescrever num prazo previsto e
favorecerão construtores de aeroportos em causa própria, mas com dinheiro
público. Justiça que partidariza a própria justiça e, nos últimos anos,
transformou o STF num anfiteatro de peças e shows, alguns deles impróprios a
menores de idade, deixando de lado a discrição com a qual devem se comportar os
mais altos magistrados da nação. Já não tão altos assim, é verdade… Justiça
para o bem é essa que tem a qualidade moral do governador de São Paulo que
torna secretos por 25 anos os documentos do ‘metrolão’ paulista. Documentos secretos
de uma obra pública? Estranho, não?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Justiça para o mal é aquela que vê – além de negros, pobres,
nordestinos e algumas minorias – comunistas e petistas para todos os lados. Ou
bolivarianos, como gostam de dizer alguns que não entendem nada de bolivarianismo.
Justiça para o mal é aquela que permite a um delegado da PF (não confundir com
Prato Feito) abrir processo contra uma faxineira que comeu um de seus bombons
sem autorização. É aquela justiça que prende petistas por “ouvir dizer”,
julga-os e os condena mesmo sem provas, mas não investiga bandidos com contas
secretas na Suíça, por exemplo. Ou o Banestado, ou Furnas, ou a
Privataria, ou, ou, ou… Que não vê nada de mais em juízes relatarem e julgarem
processos em que têm interesses pessoais em jogo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E assim caminha o Brasil nesse já quase final do ano de
2015. Entre a irresponsabilidade política da direita, esse ajuntamento de
intolerantes que resolveu achincalhar com a constituição do país em nome de uma
democracia que ninguém sabe qual é, e a inabilidade da esquerda, até o momento,
para enfrentar essa intolerância e os desatinos que se cometem diariamente.
Desatinos de um moralismo que nada mais faz do que tentar esconder os dejetos
mal cheirosos da desigualdade social que já dura entre nós há mais de
quinhentos anos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É verdade: somos milhões de Cunhas. Pena que a maioria de
nós não tenha contas na Suíça ou outros paraísos fiscais, não é mesmo?</div>
</div>
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-37859562855875546002015-10-14T10:07:00.000-07:002015-10-15T05:00:08.219-07:00Estado violência<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; line-height: 23.7999992370605px; margin-bottom: 1.7em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 14px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt3ghpkMM6JLcDweZhKE-k516jupLFVCQdgyiCk05HY6JqV0uQ9zrXjae9doHs_-mCUdSlLCe1e_mgv9zIU4YIQqcEfREYxrtpxbmMhvkeWA4taHmwmS2NaXpRxI3mz2i0OaNvgl-nzpUu/s1600/pmerj.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt3ghpkMM6JLcDweZhKE-k516jupLFVCQdgyiCk05HY6JqV0uQ9zrXjae9doHs_-mCUdSlLCe1e_mgv9zIU4YIQqcEfREYxrtpxbmMhvkeWA4taHmwmS2NaXpRxI3mz2i0OaNvgl-nzpUu/s400/pmerj.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 17.85pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Temos assistido à
repetição de um forte discurso de alerta sobre a violência urbana, gerando o
medo e a necessidade de medidas “fortes” para conter a situação de insegurança
vivida nas grandes cidades. Reduzir a idade penal para conter a presença dos
adolescentes no crime; encarceramento em massa da população com aumento das
penas; aquisição de armamentos novos e mais eficazes para as polícias
militares; investimento em tecnologia de vigilância da população, criação de
batalhão de policiais preparados para impedir manifestações de rua; uso de
forças armadas para patrulhamento de espaços civis precarizados com a ausência
do Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Não há dúvida de que a
considerada população vitimizada de fato sofra com a ocorrência constante de
crimes, dos mais corriqueiros e leves aos mais trágicos e horríveis. E nesta
sociedade agressivamente machista, especialmente as mulheres têm sido alvo desta
aparente desordem das cidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Contudo, há a produção de
eficientes máquinas de controle social fundamentadas no discurso da violência
urbana e na legitimação de políticas de uso da força na segurança pública, o
que têm alimentado uma violência desmedida e histórica por parte de agentes do
Estado. Ano após ano, em continuidade à lógica de combate ao inimigo interno
institucionalizada durante a ditadura pela doutrina de segurança nacional, o
Estado de Direito não tem obtido resultados positivos no incremento da
capacidade de uso da força por parte dos equipamentos de segurança pública.
Além de pouco modificar o quadro da forma de vida vulnerável dos grandes
centros urbanos, as informações publicizadas indicam o aumento constante da
violação de direitos por parte dos aparatos e agentes do Estado, com destaque
para o crescimento das cifras de brasileiros assassinados por ações de
instituições de segurança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">São chacinas operadas por
policiais e com apuração muito lenta, quase inexistente, pelos órgãos de justiça.
A autorização da ação violenta nas periferias contra os jovens atingiu seu
ápice de legitimação com a discussão e aprovação parcial na Câmara Federal da
redução da maioridade penal. Não é preciso tornar-se lei a definição social e
biológica do “inimigo”, mas é suficiente que o discurso social e das
instituições assim o considerem.<o:p></o:p></span><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Parece esquizofrênico, mas
quanto mais o Estado é violento, mais o quadro social se apresenta como de
crise produzida pela violência urbana e mais se autoriza o investimento na
capacidade de uso da violência por parte das políticas de segurança pública.
Parece-nos que tal quadro não é o resultado de falhas ou má execução destas
políticas. Ao contrário, há neste processo a eficaz produção de uma sociedade
de controle, disciplinamento e punição, produzindo o cidadão domesticado e
manso, para que assim ele seja ainda mais produtivo sem tomar em suas mãos a
própria potência de agir politicamente. Do ponto de vista da eficácia desta
política de segurança pública é mais importante uma situação de violência
urbana do que de relações harmoniosas e ordeiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br />
Parece haver um cálculo da aplicação da força por parte do Estado, dando à sua
ação um aspecto teatral e espetacular, com o objetivo de produzir
essencialmente dois efeitos práticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">O primeiro seria a
disseminação do terror, mobilizando uma opinião pública com a sensação de
vulnerabilidade e alimentando o jogo do medo mantido pelo Estado, o que
institucionalmente e em larga escala ocorre ao menos desde a ditadura. Neste
contexto, pouco importa se as polícias têm a imagem de eficientes ou de serem
completamente desestruturadas. O segundo efeito é o de mostrar para a população
que a força aplicada será sempre que necessário acima da legalidade. Nesta
prática de segurança pública a lei funciona como um parâmetro de medida da
violência vinda dos agentes do Estado para aqueles que saírem da normalidade
social e política.<o:p></o:p></span><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Exemplo trágico deste
modelo foram as chacinas de Osasco e Carapicuíba, levadas a cabo por policiais
agindo no formato dos antigos esquadrões da morte dos anos 70 e contando com a
impunidade – resultado da conivência das ouvidorias, da própria polícia e do
judiciário com os crimes do Estado. Se a grande mídia tenta colar a ideia de um
evento abusivo por parte de alguns policiais, a modificação da cena dos crimes
e de destruição de provas praticadas por policiais que atenderam as ocorrências
mostra a cumplicidade do sistema ao<i>modus operandi</i>. Segundo recente
relatório da ONU (de outubro de 2015), ocorre no país uma política sistemática
de “limpeza” dos centros urbanos sob a aparente justificativa de preparar as
cidades para os mega eventos esportivos (Copa do Mundo e Olimpíadas). No caso
de Osasco, a demora e os recorrentes “erros” nos procedimentos de apuração
estão produzindo o terreno para que não se coloque em risco a política atual de
segurança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Assim, cria-se o cidadão
de bem, pacífico, trabalhador (ou proprietário) e ordeiro, e o vagabundo,
vândalo, louco, drogado, arruaceiro, o indivíduo fora das bordas que delimitam
o possível autorizado pela ordem. Desta forma, a combinação do jogo do medo com
a percepção de uma força acima das leis, a segurança pública em prática no país
visa demonstrar que o aparato jurídico é insuficiente para proteger os
cidadãos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">É por estas razões que
campanhas pela diminuição da maioridade penal ou pelo recrudescimento das leis
são vitoriosas mesmo quando não atingem seu objetivo aparente e discursivo. Não
é necessário alterar a menoridade ou aumentar a pena por determinado crime,
pois a pauta conservadora de seus debates já criam um imaginário e legitimam a
ação violenta e violadora por parte do Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">A legitimação da violência
do Estado não parece ser um engano ou falha do Estado de Direito, mas sim a
ação política de uma sociedade do controle e do bloqueio de suas potências
criativas e transformadoras.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-22244126910842276212015-10-05T07:47:00.001-07:002015-10-06T03:40:52.388-07:00Que horas ela volta? - Crítica com pequenos Spoilers<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXLX5202Xrk8jp8ffQJfA-p35wGWS5mmAcSQtrnNEp9Xz5y30naZ4pCrhMhrQPU1Y5jdCAz6r5rs_Cd4NWOSUn0dMqTmVptJ2Mhl3Tk08l8DDt-Xi9d6F7N6nZZZqLoBLvwqD8r_O7YUbu/s1600/que-horas-ela-volta.jpg" imageanchor="1"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXLX5202Xrk8jp8ffQJfA-p35wGWS5mmAcSQtrnNEp9Xz5y30naZ4pCrhMhrQPU1Y5jdCAz6r5rs_Cd4NWOSUn0dMqTmVptJ2Mhl3Tk08l8DDt-Xi9d6F7N6nZZZqLoBLvwqD8r_O7YUbu/s320/que-horas-ela-volta.jpg" /></a><br />
<br />
<div class="MsoNormal">
No primeiro momento o nome do filme<i> </i> pode parecer abstrato.
Problema resolvido na primeira cena, onde Val (Regina Casé) dialoga
com uma criança, Fabinho, filho dos patrões, e vimos que a empregada é privada
da convivência com a própria filha, e Fabinho, por sua vez, privado da convivência
com a mãe, questão problematizada pelo Menino ao perguntar a Val: <i>Que horas ela volta? </i>Por outro lado o título
do filme pode gerar uma falsa sensação de que a história permeará a ausência dos
pais na vida de Fabinho, e não a de Val, afinal o título do filme é sobre a
perspectiva da criança. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Rapidamente nos é apresentado que Val é fruto do lulismo, o
que pode gerar a ideia de um filme governista, a <i>batalhadora e guerreira </i>que trabalhando como doméstica consegue
mandar dinheiro para criação da sua filha e comprar bens de consumo como um espremedor
de laranja, um ventilador que segundo ela mesma “é de primeira classe”. Essa
visão governista cai por terra no momento em que esses próprios bens de consumo
adquiridos pela domestica são amontoados em seu minúsculo quarto de empregada,
o sonho da casa própria é ainda distante. Para Val o <i>minha casa minha vida</i> ainda não fez
diferença. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Apesar da perspectiva do filme não ser Fabinho, a relação
entre ele e a empregada é muito explorada na primeira parte do filme, criando
uma relação de 2ª mãe ou ama-de-leite. O já adolescente Fabinho faz parte de
uma família de rentistas sustentada pela herança recebida pelo seu pai, mas não
vê contradição nenhuma em gostar de Ramones e Joy Division. Explicitando aí um
dos pontos centrais da Classe A brasileira: A não-meritocracia da sua riqueza e
sua hipocrisia cega aos problemas sociais brasileiros. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O conflito do filme começa quando Val descobre que Jéssica,
sua filha que não via a maus explicados 10 anos, pede abrigo a mãe para fazer
vestibular em São Paulo. A distância da filha é explicada, afinal, Val não conseguiria
ganhar o que ganha como doméstica no nordeste, entretanto o que a teria
desmotivado a realizar visitas periódicas à filha? Será que existe alguma culpa
difícil de lidar por ter deixado a filha pra tentar uma vida em São Paulo? Ou simplesmente
isso não foi uma prioridade na vida dela? Enfim, ou essa é uma lacuna do filme
ou essa é uma questão da própria personagem que não consegue compreender seus
sentimentos, os enterrando seu interior.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Jéssica, talvez por não ter sido criada pela mãe, ou por ter
tido contato, segundo ela mesma, com um professor de história e um grupo de
teatro que abriram suas perspectivas, não possui impregnada nela o sentimento
de resignação e conformismo da mãe, quer fazer vestibular para mesma
universidade que o filho da patroa quer, a FAU (faculdade de arquitetura e
urbanismo da USP) escolha está vista como petulância desde o primeiro contato
com a família que emprega a mãe, ou até mesmo como sonho surreal, como se ela
dissesse que quer ter uma banda de rock ou se tornar bailarina do Bolshoi. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A cena de apresentação possui ainda uma frase peculiar de
Fabinho<span style="background: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;">: </span>algo como “ela também fala engraçado”. A menina
oferece uma cocada que é aceita por Carlos e rejeitada por Bárbara, o que
prenuncia a tensão latente que em seguida explodirá entre o casal. Mas se a
chegada da menina intensifica as tensões internas da família, a observação de
Fabinho toca num ponto de consenso mais amplo. O comentário é preconceituoso,
revela uma postura compartilhada e silenciosa em torno de Val (“também”) e a
ausência de dignidade de sua fala (“engraçada”). Nesse sentido, Jéssica é
apenas uma confirmação, não um novo jogador que leva à reflexão; e o primeiro
gesto por parte da família é enquadrá-la nos esquemas iniciais de compreensão
que, por não compartilhar do sentimento de resignação e conformismo, serão sistematicamente
desafiados por Jéssica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O acordo inicial de Bárbara, a patroa, com Val era de que
Jéssica seria hospedada, mas dormiria num colchão no chão do quarto de
empregada. Acordo que foi quebrado por Carlos, o patrão, que visivelmente se
interessa fisicamente por Jéssica, e assim oferece a ela uma vaga no quarto de hóspedes
da casa, e ainda tem o cuidado de apresentar a casa inteira para, agora hóspede,
Jéssica. Todo esse processo de apresentação da casa é acompanhado por Fabinho,
que preocupando com o fato de ainda ser virgem a vê como uma chance de resolver
essa questão. O interesse dos dois homens da casa na filha da empregada desenha
que chamarei de “Machismo de classe” onde ricos acham que pessoas de classes pobres
se interessaram fisicamente por eles pelo único e exclusivo fato de serem
ricos. Lógico que tudo isso vem junto de
bastante perseguição de Bárbara que não aceita o espaço ganho por Jéssica. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A entrada de Jéssica na história expõe um problema óbvio,
sua mãe conhece mais Fabinho do que sua própria filha. Jéssica fica feliz por
não mais dormir no quarto de empregada com a mãe, e Fabinho, sem sono, sai da
sua cama para receber carinho da empregada no minúsculo quarto. Em diversos
momentos esse carinho se mostra maior entre Fabinho e Val do que entre Fabinho
e Bárbara, sua mãe. O adolescente chega em determinado momento a dizer “eu te
amo” à empregada, o que nunca foi dito à mãe. Mas não se ilude, a frase “é como
se fosse da família” só diz que todos a amam como se ama um cachorro. Quem
possui cachorro sabe como é, nós o amamos, adoramos brincar com eles, adoramos
fazer e receber carinho, mas não temos nenhum problema em deixa-los sozinhos
quando vamos trabalhar ou em um lugar desconhecido quando vamos viajar por duas
semanas. E na casa, apesar de amarmos eles, os cachorros geralmente possuem um
lugar da casa para eles afastado das pessoas. A relação da família com Val
exatamente essa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
A problemática apontada por <i>Que horas ela volta? </i>incomoda as elites brasileiras. Me pergunto
quantas “Vals” a própria Regina Casé emprega, lógico que em momento algum o
fato da atriz e apresentadora não ser a própria personagem (tanto no filme
quanto no programa esquenta) diminui a validade do que ela expõe. Ela não é a primeira,
nem será a última hipócrita do mundo. Sinal claro do incomodo desse filme é de
ter sido lançado primeiro na Europa e no EUA do que aqui mesmo no Brasil, inclusive
na América Latina, o filme não foi publicado em nenhum outro país. Talvez isso
seja por uma falta de adesão do público com a questão, como se a personagem bastante
caricata da Regina Casé representasse somente uma comédia e não uma crítica
social, ou essa crítica social fosse menor. De fato, o filme não foi feito para brasileiros,
característica que pode inclusive levar o filme a ser indicado ao Oscar
(provavelmente para categoria de “melhor filme estrangeiro”). A indicação não é
novidade para a diretora e roteirista Anna Muylaert, também responsável
pelo filme <i>O ano em que meus pais saíram de férias </i>que no ano de 2006 foi pré indicado ao
Oscar. Torcemos por grandes prêmios, pois merece. <o:p></o:p></div>
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-63058716730266577472015-03-13T10:04:00.001-07:002015-03-13T10:04:39.083-07:00o princípio, o meio e o fimO que viria antes do Big Bang inicial? Segundo vários cientistas, o nada. Mas, também segundo a ciência e outros renomados cientistas, tudo no universo tem princípio, meio e fim, o que incluiria o próprio universo.
Logo, se tudo tem princípio, meio e fim e o Big Bang é o início do universo tal qual o conhecemos (conhecemos?), o que existiria antes do Big Bang, apesar dos que contestam essa dúvida? E qual será o fim desse mesmo universo?
E nessa toada, que tenta encontrar um significado para a vida, sem que tal questão nos leve à demência prematura, não será absurdo afirmar que esse mundinho, tal qual o conhecemos, terá também o seu princípio, meio e fim.
Como será isso? Nenhum de nós tem a menor ideia a respeito, mesmo os cientistas mais estudiosos e interessados no assunto.
Distraía-me com tais “maluquices” enquanto andava pelo centro da cidade e observava o vai e vem dos vários funcionários que trocavam de turno ou vinham de seus escritórios nas redondezas para o almoço, para ida as compras, de mães com seus filhos menores a curtir o final das férias de verão.
Foi quando comecei a reparar e contar o número de pessoas que passava com seus aparelhinhos eletrônicos, tablets e celulares menos ou mais sofisticados. Distraídos e pouco interessados com o que passava à sua volta, concentrados nas mensagens que liam ou escreviam, sérios ou com sorrisos iluminados, num balé impensável há dez anos, inseriam-se todos nesse novo mundo que dá também os seus primeiros passos em novas formas de comunicação. E de comportamento.
Comunicação que, paradoxalmente, começa a provocar o isolamento das pessoas. Como?
Não sei quantas vezes vi em mesas de restaurantes: famílias, casais de namorados, quatro amigas ou amigos onde a maioria, senão todos tinham celulares nas mãos e não conversavam entre si. Festas infantis onde boa parte dos adultos fica com um mini cachorro quente numa mão e o celular na outra. Porteiros e seguranças de edifícios (imaginem, seguranças) não largam seus celulares.
Já é conhecida a anedota que após uma reunião de condomínio, dois dos participantes que quase iniciaram um diálogo à saída da reunião combinaram terminar a conversa através de seus iPhones. Ou trocar e-mails: o whatsapp era uma novidade.
Quantas horas o leitor passa por dia com celulares de última geração ou mesmo num iPad ou num PC caseiro à procura de saber o que se passa à sua volta, ou misturando trabalho e lazer? Tem caído consideravelmente o número de leitores de jornais diários e revistas semanais. E também a audiência de canais abertos de TV. Baixado o rendimento de funcionários em empresas mais moderninhas.
Não é por acaso que sociólogos e psicólogos e muitos estudiosos do comportamento humano investigam a causa de mudança tão brusca na forma de comunicação do homem contemporâneo.
A linguagem cifrada nas redes sociais, em particular no facebook e no twitter começa a empobrecer a escrita. Seus usuários começam a se viciar em incontáveis entradas diárias na internet e começam a ter dificuldades em comunicação verbal frente a frente. E podem ter a certeza de que não estou exagerando.
Se um de nós consegue reunir amigos e travar um diálogo olho no olho, basta a primeira dúvida surgida quanto a determinado assunto, por exemplo, e pimba, todos aos celulares para entrar no Google e procurar as respostas. A partir desse momento a maioria corre aflita para as últimas do facebook, uma das maiores fontes de narcisismo e hipocrisia criadas pelo homem. Alguém ainda se lembra de como surgiu o facebook? A motivação do seu inventor?
Calma, calma. Como toda invenção do homem, o facebook e o twitter têm também o seu lado bom, não é verdade? Como a imprensa, os aviões, a energia nuclear e muitas outras coisas que também destroem. Mas isso já é uma conversa desinteressante e para muitos, sob certos aspectos, ultrapassada.
Voltemos àquela dúvida inicial: nosso planetinha tem princípio, meio e fim. Qual seria o ponto de inflexão entre o princípio e o fim? Já foi superado e não o percebemos? Estamos entrando nele? Ainda demora?
A comunicação e principalmente a falta dela pode ser um indício. A falta de comunicação costuma gerar falta de informação ou informação propositalmente distorcida ou falsa, chegando a provocar crises, revoluções, guerras, com suas fomes, epidemias e desempregos.
O avanço da tecnologia eletrônica deixa a mundo mais informado e cada vez mais confuso, pois em segundos recebemos notícias que em outros segundos são contestadas, gerando uma “síntese”, que também pode ser contestada em segundos depois. Em quem acreditar? Em qual jornal, emissora de rádio, revistas, telejornais e reportagens sensacionalistas?
Afinal, a informação, o conhecimento, o saber estão a serviço de quem? Da humanidade como um todo ou de alguns grupos econômicos e países que dominam e controlam a informação como querem, mesmo que possam ser contestados aqui e ali, mas sem que isso coloque em risco o domínio de 1% da população sobre os outros 99%?
E vai piorar, pois estamos apenas no início de uma lavagem cerebral, de um manipular de consciências no varejo, enquanto o poder de fato se consolida com a proteção, no atacado, dos arsenais nucleares instalados em alguns poucos países. Ou é a minha verdade ou não é a verdade de mais ninguém.
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-18505808559358288912015-02-27T14:39:00.001-08:002015-02-27T14:41:19.030-08:00Desilusão<p class="MsoNormal" style="text-align: start; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-style: inherit; vertical-align: baseline; -webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">“Desilusão, Desilusão, danço eu dança você, na dança da solidão”. A Desilusão é uma palavra muito forte, o desapego da esperança. Muitos revolucionários dizem que não somente o estado de miséria é capaz de alimentar o espírito revolucionário do povo, e sim a desilusão de melhoria, a solidão da falta de esperança. A desilusão é o alimento da esquerda. </span></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-style: inherit; vertical-align: baseline; -webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Muitos, inclusive, vibram com situações com a precarização do povo, veem diminuição de direitos como alimento da sua tentativa de chegar ao poder. No final de contas, estes só usam demandas da população como plataforma políticas. São contrarrevolucionários antes mesmo da revolução. Che Guevara dizia que o principal problema do pensamento revolucionário de vanguarda é a separação entre eles e massa, passam a focar tanto num determinado ideal que esquecem das reais demandas da população, havendo aí a quebra do pensamento revolucionário. <u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u><u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u></span></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-style: inherit; vertical-align: baseline; -webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quando, num determinado momento histórico, uma força política que logrou representatividade e legitimidade diante da classe trabalhadora para representá-la desvia de seu rumo e sofre as auguras do transformismo, ele não perde de imediato a referencia dos trabalhadores, mas estes sabem que há algo errado. Che percebeu que isso ocorria em Cuba, e isso ocorre com a esquerda brasileira, que ou se corrompeu, ou se isolou na vanguarda. <u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u><u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u></span></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-style: inherit; vertical-align: baseline; -webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O contrarrevolucionário, continua Che, não é apenas o que luta contra as transformações, mas também “aquele senhor que valendo-se de sua influência, consegue uma casa, consegue depois dois carros […] obtém tudo que o povo não tem”, e conclui: “contrarrevolucionário é todo aquele que contraria a moral revolucionária”.<u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u><u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u></span></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-style: inherit; vertical-align: baseline; -webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Então a esquerda nunca esteve tão fraca? Talvez sim, mas ainda resiste em movimentos como MTST que conseguiu, até o momento, unir a ideologia revolucionária e as reais demandas da população. Por outro lado, a essência do movimento contrarrevolucionário cresce como nunca, e como disse Zizek “O crescimento do fascismo é, em outras palavras, o fracasso da esquerda e, simultaneamente, prova de que subsiste um potencial revolucionário, uma insatisfação, que a esquerda não é capaz de mobilizar.” Nem toda a direita brasileira é fascista, sei disso, mas quer, antes de mais nada, quer impedir avanços reais e necessários para nossa sociedade e cresce a partir da incompetência da esquerda. <u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u><u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u></span></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-style: inherit; vertical-align: baseline; -webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Diante disso, fico eu com a música do Paulinho da Viola “Desilusão, Desilusão, danço eu dança você, na dança da solidão” torcendo por um caminho à esquerda. <u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u><u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u></span></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-style: inherit; vertical-align: baseline; -webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><u style="margin: 0px; padding: 0px;"></u> </span></p>Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-41198497237085464282013-03-12T10:53:00.001-07:002013-03-12T10:53:31.861-07:00Viagem por fotos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhax8D4kQ_2nuujTlqLD7qNVlnZIZgq6XlCEqaGaDiKtJlFMNhgYIlK5KVzIT7-yrhaL4h1DJmi8LJEgCgg3xrRqzmwbGNKFWguETW9fRCSInewvu3gHNxE0-vdkemiURfVPoYNpDBlhUAL/s1600/777cd4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhax8D4kQ_2nuujTlqLD7qNVlnZIZgq6XlCEqaGaDiKtJlFMNhgYIlK5KVzIT7-yrhaL4h1DJmi8LJEgCgg3xrRqzmwbGNKFWguETW9fRCSInewvu3gHNxE0-vdkemiURfVPoYNpDBlhUAL/s320/777cd4.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNm-kWWnbSgqhdBhIIl8RcOf35CQvXg-NFAiehlvgAzHWAGTm7-eAIs_1CTnNESqSGYjKNLUQ3QB8FJ-SRHpbXF6WEWzGAB4n5ZHrwOY0WRPUAvWea__wsWzv4D3xUQEl3BQcRmHGgyj_g/s1600/4e5f31.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNm-kWWnbSgqhdBhIIl8RcOf35CQvXg-NFAiehlvgAzHWAGTm7-eAIs_1CTnNESqSGYjKNLUQ3QB8FJ-SRHpbXF6WEWzGAB4n5ZHrwOY0WRPUAvWea__wsWzv4D3xUQEl3BQcRmHGgyj_g/s320/4e5f31.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiNnsPae0Yeevx_N7IXPPSsFThvA-zMQ11wgUTkfUij9WPsuXlFq63XWU5T-A38NDHermiVXZD0kEbLeblamE5luFcA5OhIm7FVpQbwfhDLLGKd62zrVO9M9-bBZV7iDJ-0z8oFqG2wPEz/s1600/5aa3c5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiNnsPae0Yeevx_N7IXPPSsFThvA-zMQ11wgUTkfUij9WPsuXlFq63XWU5T-A38NDHermiVXZD0kEbLeblamE5luFcA5OhIm7FVpQbwfhDLLGKd62zrVO9M9-bBZV7iDJ-0z8oFqG2wPEz/s320/5aa3c5.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1LtBWOgw7XyA-zhN5bWoF6bjlX8mmYVA160S3sWai8LzpTByL-P5w1_G3MwzjJqB6z8WQJJ9K6LMaOJHS-ySGXmrqd9Ei81blVAzv2TjuoHKJwQ73EvL6HQRS9VaNHihprhSuQJ2BXJez/s1600/7faaa0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1LtBWOgw7XyA-zhN5bWoF6bjlX8mmYVA160S3sWai8LzpTByL-P5w1_G3MwzjJqB6z8WQJJ9K6LMaOJHS-ySGXmrqd9Ei81blVAzv2TjuoHKJwQ73EvL6HQRS9VaNHihprhSuQJ2BXJez/s320/7faaa0.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4rhqh2V0UQTGH_nIjcu9rRS7x1VNHqzeNU7ToVvaB-HvJYxYEdx78eWkg7kMGrYT2XxONqcIm1J_TAVHCr7K_eKSi4_9G7wnw0bbDTDelJcAjrpjSJV7YhYCkf38Z5qbATZZjrRoYxxQX/s1600/8c04ba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4rhqh2V0UQTGH_nIjcu9rRS7x1VNHqzeNU7ToVvaB-HvJYxYEdx78eWkg7kMGrYT2XxONqcIm1J_TAVHCr7K_eKSi4_9G7wnw0bbDTDelJcAjrpjSJV7YhYCkf38Z5qbATZZjrRoYxxQX/s320/8c04ba.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhZWyX1DP0vPs4HImXWj_ocMvBSiwHc2k4Onm3oB6pMj_6d-JKccwnSU-InxAo-LuOYfjpnzyBDk_mo_5f2mN1kgYe2IRiwVPGlTahq1jeyIJd38G_zIaoBv7CHUWQzDTWlFwUMMk3TwBM/s1600/9a881b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhZWyX1DP0vPs4HImXWj_ocMvBSiwHc2k4Onm3oB6pMj_6d-JKccwnSU-InxAo-LuOYfjpnzyBDk_mo_5f2mN1kgYe2IRiwVPGlTahq1jeyIJd38G_zIaoBv7CHUWQzDTWlFwUMMk3TwBM/s320/9a881b.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzZkiZyXvyMNvXiMenQTYw9ZU-rE5dzV0xHrjroEFMTYRevAtAlIKXZ9LBc_TOIbbXy4N_gSuMJXzCDKl-N2_oRM_POoUax63sGr7NKNENyf6oH76xeGdDNkENaHaL-SvSfJlr20nCG3Sa/s1600/27dc6b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzZkiZyXvyMNvXiMenQTYw9ZU-rE5dzV0xHrjroEFMTYRevAtAlIKXZ9LBc_TOIbbXy4N_gSuMJXzCDKl-N2_oRM_POoUax63sGr7NKNENyf6oH76xeGdDNkENaHaL-SvSfJlr20nCG3Sa/s320/27dc6b.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKStxQBuzJ4Vs0dTv3Z_ofnEj6KJClLGoIARHAHx0bt-ONjTNTmGjh32SudXtvjsqzkS3hxe0YC8-RLuoJhX9mcxk8fzIuN25zHQCbDMMz_mHyMkpV6K44B9uPzUHOlnZUfSxpzRYrqnQP/s1600/86ca2f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKStxQBuzJ4Vs0dTv3Z_ofnEj6KJClLGoIARHAHx0bt-ONjTNTmGjh32SudXtvjsqzkS3hxe0YC8-RLuoJhX9mcxk8fzIuN25zHQCbDMMz_mHyMkpV6K44B9uPzUHOlnZUfSxpzRYrqnQP/s320/86ca2f.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNX1FDh0y_co205GkShTgK1hC8c7jLCkmlWFODoOGXxWIpaIsrgz1mNGopxAmU151lZDEbwcyg94lwhfR1sSMmfpsOkYUqdeBbNkG4BK6csSBl4pYD7LjSfe_Tq2cKqBPQ5Y0QmjpHVIj/s1600/98b0bd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNX1FDh0y_co205GkShTgK1hC8c7jLCkmlWFODoOGXxWIpaIsrgz1mNGopxAmU151lZDEbwcyg94lwhfR1sSMmfpsOkYUqdeBbNkG4BK6csSBl4pYD7LjSfe_Tq2cKqBPQ5Y0QmjpHVIj/s320/98b0bd.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPkb1Y0u-7DoMemGoKEfEqu31jPb_z8TBbp1lGSI2aRljRG02ZK0LQSNZ_htoGJ3yt34PLBpKwonUwCYTHx15GX_w-NvYRiD0lRtIg2eL21cLuebnYqiiesGd7ZrgUthEZR4OVeqf0vqSh/s1600/383efa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPkb1Y0u-7DoMemGoKEfEqu31jPb_z8TBbp1lGSI2aRljRG02ZK0LQSNZ_htoGJ3yt34PLBpKwonUwCYTHx15GX_w-NvYRiD0lRtIg2eL21cLuebnYqiiesGd7ZrgUthEZR4OVeqf0vqSh/s320/383efa.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNKgJILyyIxD8gYCV0VHw_9Kyn-LLi6Ie8jOXRzblCuQ5sU5Xx-zTfNLYZZCJm-PQPNvp06gwhcb3X2qCfzQff6dmb26lTO4UNnR7oAnjitARVJVY480xUnNDkTTcIwZQjBTjgMCHOYFdp/s1600/ce93ce.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNKgJILyyIxD8gYCV0VHw_9Kyn-LLi6Ie8jOXRzblCuQ5sU5Xx-zTfNLYZZCJm-PQPNvp06gwhcb3X2qCfzQff6dmb26lTO4UNnR7oAnjitARVJVY480xUnNDkTTcIwZQjBTjgMCHOYFdp/s320/ce93ce.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUqhCtPz7_70YpQQIreJUgBxmaH9RZlD0DufyL9sPj0M2daJVj0eIwQBUgd0agTod2Sksiy077FsOva4gM_pXBn9W6OMHEhzFXyXSKxxN-JTkOF4z8oMzRSV_vxHoR6Jqcj-E2d30YdwlN/s1600/ffbffa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUqhCtPz7_70YpQQIreJUgBxmaH9RZlD0DufyL9sPj0M2daJVj0eIwQBUgd0agTod2Sksiy077FsOva4gM_pXBn9W6OMHEhzFXyXSKxxN-JTkOF4z8oMzRSV_vxHoR6Jqcj-E2d30YdwlN/s320/ffbffa.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrPFvVpRIEWuKsRaww9K80ikFfudkYJlEpP5bNp5xQHJ1x3BZDJErpADnTqy_deB9WKKnhtfhULr3EFP0en9CKEMnBc7-KODUz5AZKnRt7mB-BOTSdpcTx83oIxVeq9V425gcPw_jvXtXr/s1600/fd8265.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrPFvVpRIEWuKsRaww9K80ikFfudkYJlEpP5bNp5xQHJ1x3BZDJErpADnTqy_deB9WKKnhtfhULr3EFP0en9CKEMnBc7-KODUz5AZKnRt7mB-BOTSdpcTx83oIxVeq9V425gcPw_jvXtXr/s320/fd8265.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy64Sk4FCo0pZ3p18esvqprrwqztXKF1NPDm8IiAQtq2gmieHzpKRYFX5XRqe5s0z3h6mgJizjT18M9m3XLXALkH-7OGFIm6pfkqBXC-3vDlP66jTDkLw2iDTpYO_hj4eqnnoYTVJDZCjN/s1600/16177c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy64Sk4FCo0pZ3p18esvqprrwqztXKF1NPDm8IiAQtq2gmieHzpKRYFX5XRqe5s0z3h6mgJizjT18M9m3XLXALkH-7OGFIm6pfkqBXC-3vDlP66jTDkLw2iDTpYO_hj4eqnnoYTVJDZCjN/s320/16177c.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-14177324921073661762013-03-11T19:34:00.003-07:002013-03-11T19:34:45.583-07:00A verdade dói <br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Tempo, dinheiro e prestígio eram coisas que aquele velho tinha em abundância. Graças a seus feitos, era respeitado em todo reino, da família real aos mais humildes lenhadores. Durante os longos meses de inverno que massacraram aquela terra, sua casa era uma das únicas a receber queijos, frutos e aves frescas do governo. Qualquer coisa que quisesse obter ali, desde um simples pedaço de pão à terras do próprio rei, seria lhe integre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Apesar de mais afortunado do que nunca, o velho nunca se sentiu tão triste. Seu filho mais querido havia sumido a semanas, e estava sendo acusado de crimes horrendos. Inclusive a que mais assustava a opinião pública do reino. A morte da linda criança, que possuía os mais belos cachinhos loiros do reino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O velho estava a espera de notícias sobre seu filho, quando o silêncio da noite é interrompido pelo bater na porta, e o grito de uma voz que conhecia muito bem, do seu velho amigo caçador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Acharam seu filho, acharam seu filho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O velho abriu a porta, com uma mistura de felicidade e vergonha pelos atos da pessoa que mais amava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Vocês o mataram? – Perguntou o velho olhando para baixo, devido a vergonha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Não, Não, ele está na prisão, mas o mais incrível é a confissão de vários outros crimes, sendo crimes muito mais assustadores, ele disse que ... O caçador foi interrompido pelo gesto de levantar a mão, pedindo silêncio, como se ouvir a confissão dos crimes da pessoa que mais ama, pela boca de outra pessoa fosse dolorido demais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ao chegar na prisão, o velho foi direto exclamando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Levem-me a meu filho já.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Devido ao respeito que todos tinham aquele respeitável senhor, o levaram diretamente a sala onde o meliante estava trancado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Por que fez isso? Por que matou a Cachinhos Dourados? O pai Perguntou indignado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Eu não a matei. Só informei a ela que encontraria três pratos de sopa, e três camas quentinhas prontas para se deitar. O problema foi que avisei aos ursos que haveria uma menina gorda dentro do seu abrigo. – E soltou um maquiavélico riso, e terminou. – Ela se tornou uma maravilhoso banquete para aquelas feras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O velho não estava acreditando, e parecia estar atônico a que ouvia. Quando uma voz veio de traz dos dois, na entrada da porta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Parece que seu filho também é o responsável pelo sumiço das três sementes de feijão, que todos dizem que acabaria com a fome do nosso reino. Disse o homem da lei que acompanhava o encontro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Fez isso? – o Velho não queria acreditar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Não - Respondeu seco o garoto - Só os dei para um menino inconsequente que subiu num pé de feijão e conseguiu a galinha dos ovos de ouro. – Fez uma pequena pausa, e colocou um sorriso em seu rosto, e concluiu. – Lógico que a venda dos ovos me trará lucros também.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- BASTARDO. Gritou o senhor, com uma raiva desértica dentro de si, compelindo um soco inesperado na barriga do Jovem. – Não deveria fazer isso, não lhe criei para isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- PARE DE ME BATER - Exclamou o jovem adulto – deixe terminar de contar meus crimes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Havia mais crimes, e isso fez com que o velho sentasse numa cadeira próxima, como se não acreditasse no que ouvia da pessoa que criará. Podia não acreditar que aquilo tudo era verdade, sentia seu braço dormente, como se fosse ocorrer o pior a seu corpo. E o rapaz interrompeu o breve silêncio que consumia de tensão todos os presentes na sala.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Sabe aquela criança que amava a avó, aquela que andava sempre com o capuz vermelho? Eu indiquei o caminho que a criança sempre percorria na floresta ao lobo. Eu odiava a forma como ela cantava – E disparou uma bela risada, e terminou - Se não fosse o esse decrépito caçador, que diz ser meu padrinho, meu plano de me livrar daquela idiota se concluiria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Ela era uma criança. Falou sem acreditar, o velho, com a voz fraca como se não tivesse mais forças, pois sabia que aquilo não era mentira, tinha certeza que sua cria disse tristes verdades, e afirmou – Faz isso para chamar atenção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- O senhor nunca me deu atenção, nunca! Sempre foi só trabalho. Disse com um certo grau de indignação o jovem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">E com suas últimas forças, o velho perguntou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Por que me envergonha perante ao reino?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O menino levantou, olhando o pai estirado na cadeira, totalmente sem forças. E gritou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- POR QUE EU TE ODEIO.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Nesse momento o rapaz abaixou a cabeça para que ninguém visse o que inevitavelmente ocorreria, e quando levantou o rosto totalmente molhado pelas lágrimas, todos viram que seu nariz havia crescido de forma surpreendente. E repetiu com raiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- Eu te odeio. Mas dessa vez não falou com a mesma força, e seu nariz voltou a crescer, agora alcançando cerca de um palmo de sua posição original. </span></div>
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-73091606330520884982012-12-01T04:42:00.000-08:002012-12-01T04:46:48.898-08:00Quero tudo novo de novo - Poema <br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero tudo novo de novo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero não sentir medo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero me entregar mais, amar mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Viajar até cansar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero sair pelo mundo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero fins de semana de praia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Amigos e abraça-los mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero ver mais filmes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Comer mais pipoca, ler mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero um trabalho novo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero acordar cedo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero ter momentos de paz, sentir mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Aprender a dançar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero não achar tudo imundo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero beijar aquela menina de saia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Brigadeiro e cozinhar mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero economizar de maneira firme<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sorrir mais, ajudar mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero um sapato novo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero mais sossego<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero sorrir mais, amar mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Poder passear<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Terminar meu estudo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero não me preocupar com a vaia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Bicicleta e olhar mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero menos alarme<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Mais chão, e menos vão e mais, mais e mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero aceitar menos e mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero menos prudência sem sentido<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero fazer mais, suar mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Aprender a amar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ser menos surdo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero dizer que a amo antes que ela saia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ao que odeio, abraçar e odiar menos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero não sentir tanta saudade<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Pensar mais e pensar menos cada vez mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ter menos “mas”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quero mais e tudo o mais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">*Baseado numa prosa de Fernando Pessoa</span></div>
Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-59213303198729987942012-09-18T11:23:00.000-07:002012-11-10T05:28:07.208-08:00O Rio RebeldeSobre a educação, o diagnóstico é preciso: "As escolas públicas estão sem alma." Educação séria, em qualquer lugar do mundo, requer horário integral e professores bem pagos, excluída a famigerada "terceirização", que destrói os vínculos entre os funcionários e os serviços. Em cada escola, autonomia pedagógica, observados parâmetros democraticamente construídos.
A saúde pública também deve basear-se em médicos, enfermeiros e auxiliares concursados,estáveis e decentemente remunerados, encerrando-se a experiência das Organizações de Saúde/OS, uma privatização mascarada, baseada na anarquia salarial e na falta de compromisso dos profissionais com os centros de saúde e os hospitais: "Vamos fazer concurso público,até porque o dinheiro que banca as OS é público e muito." Quanto à habitação popular, critérios rigorosos na efetivação das chamadas "remoções": "A política atual é irresponsável." Em questão, uma "concepção de cidade".<br />
<br />
O que se quer? Entregar a cidade aos negócios ou às pessoas? Dá para combinar os dois? Dá, mas numa "cidade de direitos". Freixo cita exemplos concretos: "Em Londres, por lei,metade das moradias daVila Olímpica foi destinada à população de baixa renda. A Vila dos Jogos Pan-Americanos na Barra foi toda jogada para o mercado imobiliário."
Na área dos transportes públicos, "enfrentar o poder das empresas de ônibus, reunidas na Federação dos Transportes (FETRANSPOR)." Os consórcios funcionam como um cartel, impondo tarifas escorchantes, recusando-se a aceitar o bilhete único, praticado,há anos, nas grandes capitais do mundo. Em jogo, o "modelo rodoviário". O atual tem custo alto, polui e inferniza a vida das pessoas. Por que não viabilizar o transporte sobretrilhos? As vans assumiriam uma vocação "complementar", organizando-se licitações individuais, para neutralizar o poder das milícias.
Finalmente, em relação à segurança, é falso dizer que se trata de matéria exclusiva do estado.<br />
<br />
As milícias fundamentam seu poder em atividades econômicas que se efetuam em territórios determinados. Ora, tais atividades e territórios são - ou deveriam ser -regulados pela autoridade municipal. Haveria um largo campo a ser aí explorado, sempre em parceria com os governos estadual e federal, sem nenhuma conciliação com as milícias.
Selecionei cinco questões essenciais. É clara, em todas elas, a vontade de mudança, respeitando-se os valores democráticos. A marca rebelde contra o marasmo, um sistema exaurido que se repete e se rotiniza à custadas grandes maiorias.
Mas os sinais de rebeldia aparecem principalmente na mobilização e no incentivo à auto-organização das gentes.<br />
<br />
A recuperação da militância gratuita e espontânea, motivada por valores – políticos e éticos. Cada reunião é um comício. Cada comício surpreende pela afluência das pessoas. Renasce o melhor da tradição democrática brasileira,viva e promissora,em especial na primeira metade dos anos 1980, com destaque para a participação de artistas, meio sumidos nos últimos anos dos embates políticos. Pois eles estão de volta, generosos e solidários. Não seria esta uma indicação de tendências profundas? A sintonia fina entre artista e sociedade?
O exercício de cidadania não vai morrer após a campanha eleitoral. O candidato propõe - "eixo central da sua política" - a construção de Conselhos de Políticas Públicas e a reanimação das associações de bairros, destinados, em conjunto com os vereadores, a formular e a controlar a aplicação das políticas e das leis,viabilizando uma"outra concepção de governo", distinta do atual troca-troca de favores por votos, onde quase sempre se encobrem interesses escusos.<br />
<br />
O Rio tem tradição rebelde.
Em 1968, houve aqui o movimento estudantil mais atuante, e as maiores passeatas contra a ditadura. Na segunda metade dos anos 1970, a luta pela anistia -ampla, geral e irrestrita.Nas primeiras eleições livres para governadores, em 1982, a vitória de Leonel Brizola - "Brizola na cabeça" – representou desafio à ordem vigente. Ao longo da campanha das Diretas-já, o povo nas ruas contribuiu para consolidar o processo de transição democrática. Na sequência, Fernando Gabeira quase foi eleito prefeito da cidade contra ampla coligação de interesses conservadores. Em 1989, nas primeiras eleições diretas para presidente, outros comícios -imensos - por Lula e Brizola. A partir dos anos 1990, porém, no quadro da "administração das coisas", as eleições perderam encanto, cada vez mais dominadas pelo dinheiro e pelo marketeiros.
Não terá chegado a hora de mais uma virada? Retomando tradições críticas que existem no tempo longo, enraizadas na cidade?
É verdade que outra candidatura fala de si mesma como "um rio". Pode ser um rio qualquer.Mas o Rio rebelde, nas eleições de outubro, além de um programa, tem nome e sobrenome: Marcelo Freixo.Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-6599330960478117102012-08-16T18:20:00.001-07:002012-08-16T18:20:07.874-07:00Música de olimpíada 2012 X 2016Achei as duas músicas muito boas. Mas deixo pra "Galera" decidir qual é a melhor música, a da olimpíada de 2012 (Londres) ou a de 2016 (aqui na terra tupiniquim).<br />
<br />
A primeira, do grupo que sou mega fã, Muse. Mostrando tudo que a Inglaterra tem de melhor em música, o Rock. Já a segunda é uma amálgama de diversos artistas da terrinha, entre eles, Catra, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Ed Motta e muitos outros.<br />
<br />
E aí qual é melhor?<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/cGVjziXl5kM" width="560"></iframe><br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/66molzUEkWI" width="560"></iframe>Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-88819660839827408832012-05-04T05:00:00.005-07:002012-05-04T05:00:57.326-07:00Vingadores pode faturar U$ meio Bilhão em 1 semana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxUl1bG5nQAzaRaiVhfB9qe-_Q4jvR1zSnlYNmbj3Cdec9a3nceHJ_HR3c8d0Erj33O3y-dSRxcQX-Zu95rn-DbuXSn9HdFy6P8t2lWYp2BqNnpSGhOGH1xKxxG-W84HlihNzpH2Sul1cX/s1600/vingadores.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226px" mea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxUl1bG5nQAzaRaiVhfB9qe-_Q4jvR1zSnlYNmbj3Cdec9a3nceHJ_HR3c8d0Erj33O3y-dSRxcQX-Zu95rn-DbuXSn9HdFy6P8t2lWYp2BqNnpSGhOGH1xKxxG-W84HlihNzpH2Sul1cX/s400/vingadores.bmp" width="400px" /></a></div>
<br />
Muitos chamaram o projeto de “ambicioso demais”. Muitos falaram que não ia dar certo. Muitos disseram que tantos heróis principais nunca funcionariam juntos num filme. Mas tenha você gostado ou não, uma coisa é certa: Vingadores entregou o que prometeu.<br />
<br />
O filme, até agora, foi lançado na América do Sul, América Central, Europa, Oceania e vários países da Ásia. Apenas com esta bilheteria, em menos de uma semana o filme já conseguiu arrecadar mais de $265 milhões de dólares até o dia 1º de maio ($19 milhões foram só aqui no Brasil, em apenas 4 dias).<br />
O filme ainda chegará no dia 4 de maio nos EUA, Rússia e China. Apenas nos EUA, serão 4.349 salas de cinema para Vingadores, além de 275 salas IMAX 3D.<br />
<br />
Por isso, executivos e especialistas divulgaram que o filme pode arrecadar, até domingo (dia 6 de maio), aproximadamente $550 milhões de dólares (se não passar disso).Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-38277184424269720542012-03-10T14:47:00.003-08:002012-03-12T06:05:25.705-07:00Super-pac nas eleições americanas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB0JNWapQuGr_K7XK1U63ivZqdEqCWyvPvEpCORg-atq4id9juv4ZyPFDjNci4S3S_SmAiFZIvycIEMPNCm2omRAY_-i1hjFA1bkXOEHTpfV0RSWdXY-N31q6sBSscfxBfULW37pSGSCw8/s1600/finan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB0JNWapQuGr_K7XK1U63ivZqdEqCWyvPvEpCORg-atq4id9juv4ZyPFDjNci4S3S_SmAiFZIvycIEMPNCm2omRAY_-i1hjFA1bkXOEHTpfV0RSWdXY-N31q6sBSscfxBfULW37pSGSCw8/s400/finan.jpg" width="312px" /></a></div><br />
A eleição americana de 2012 é caríssima, super-negativa, super-hipócrita. E nestes superlativos estão os super-pacs (Super Political Action Committee) . Os grupos que se dizem independentes e financiam campanhas milionárias, de forma ilimitada e tudo legalmente.<br />
<br />
Os super-pacs são Lobs, corporações, sindicatos. E o maior super-pac são de donos de cassinos, que financiam a pré-candidatura de Newt Gingrich do partido republicano.<br />
<br />
O que antes era proibido, agora é legalizado. Liberação de verba de maneira ilimitada, sem qualquer tipo de teto. O argumento usado para liberação, é que a doação de dinheiro é liberdade de expressão, isso mesmo. LIBERDADE DE EXPRESSÃO.<br />
<br />
Se isso pegar no Brasil, o Marcos Valério seria um dos maiores mecenas da história do nosso país.Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-28613802328447747172012-03-09T16:03:00.000-08:002012-03-09T16:03:51.571-08:00Serra chama o Brasil de "Estados do Brasil"O querido ex-candidato a presidência chama o Brasil pelo nome errado.<br />
<br />
Nossa, assim você me mata Serra !!!<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/I7TU0klP9yo" width="420"></iframe></div>Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-4151141530521452512012-03-01T06:00:00.009-08:002012-03-01T06:00:08.656-08:00Conhece o Pinterest?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_AZ3MymrnJynDQQkpnergbFBv2HKRkfDkptb6-vxaILwaB1MNqiHG-kIdwyd2hVI9Sumu6RbSmqTjELNX0qL_1TQLnekYwmwwP-Wz3nhurkymFGwzscuY93Xgj4wERjPtWXO5DmVK1eaP/s1600/zz.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="322px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_AZ3MymrnJynDQQkpnergbFBv2HKRkfDkptb6-vxaILwaB1MNqiHG-kIdwyd2hVI9Sumu6RbSmqTjELNX0qL_1TQLnekYwmwwP-Wz3nhurkymFGwzscuY93Xgj4wERjPtWXO5DmVK1eaP/s640/zz.png" width="540px" /></a></div><br />
Lembra da época em que você achava o finado Orkut era única rede social que existiria? Pois é isso já acabou a muito tempo. Hoje redes sociais muito mais interessantes e mais "cool", estão ai, Facebook, Twitter, Foursquare que todo mundo conhece. Mas já conhece o<b> <a href="http://pinterest.com/" target="_blank">Pinterest</a></b>?<br />
<br />
Sensação no Estados Unidos, pelo menos pra higth socity das redes sociais por lá. Já estou viciado no Site, que é ótimo para achar as melhores imagens, e ótimo para compartilhar suas figuras e vídeos. O único problema como sempre é: <b>Não tem nenhum colequinha por lá, o que deixa um pouco chato.</b>Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-65181990766529066662012-02-29T06:00:00.001-08:002012-02-29T06:00:16.067-08:00Perfeito para feira de ciências<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfVODOzxeKIevvLuWjay1N6K03mS0dz_4XRkA5UkhoCILfJSZEGGvkY1d4dHv3-hcMU6w3r1UF3ca-HuYi0SQQLehk0qSkccgzNaZHw09KqPfU7iUO2UKI7wvAqBhGEKOivMxHpxunOEhR/s1600/ciencias.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfVODOzxeKIevvLuWjay1N6K03mS0dz_4XRkA5UkhoCILfJSZEGGvkY1d4dHv3-hcMU6w3r1UF3ca-HuYi0SQQLehk0qSkccgzNaZHw09KqPfU7iUO2UKI7wvAqBhGEKOivMxHpxunOEhR/s640/ciencias.png" width="540" /></a></div><br />
O Manual do Mundo é produzido pelo jornalista Iberê Thenório, que apresenta e edita os vídeos, além de ser o autor da (meia boca) trilha sonora. Ótimos vídeos para quem gosta de ciências e para professores que queiram fazer experimentos com seus aluninhos. :)<br />
<br />
Site <a href="http://www.manualdomundo.com.br/">http://www.manualdomundo.com.br</a><br />
Facebook <a href="http://www.facebook.com/manualdomundo">http://www.facebook.com/manualdomundo</a><br />
Twitter <a href="http://www.twitter.com/manualdomundo">http://www.twitter.com/manualdomundo</a><br />
<br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/POLHJ01vB5M" width="540"></iframe></div>Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-87420861220520298482012-02-28T15:25:00.000-08:002012-02-28T15:25:44.591-08:00Dollar, está na hora de comprar?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuHMLGtt1dVddPouz1BY09W5puCXQiZHV8eb9zj0S-OY19wAiCNJwsLsNliVnaulQplefp1rTT4FeiQTwW20Ar0VwQJzzBKBKBnE9LrD9v8ph4c28y3SHH8REoVdMsm2ZOrl632zPofWJC/s1600/nota-de-1-dolar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuHMLGtt1dVddPouz1BY09W5puCXQiZHV8eb9zj0S-OY19wAiCNJwsLsNliVnaulQplefp1rTT4FeiQTwW20Ar0VwQJzzBKBKBnE9LrD9v8ph4c28y3SHH8REoVdMsm2ZOrl632zPofWJC/s640/nota-de-1-dolar.jpg" width="540" /></a></div><br />
Muita gente acha que ter uma nota de Dollar no bolso da sorte. Bom eu não acredito muito em sorte e azar, mas acho que está na hora de comprar a moeda americana e torcer pra subir.<br />
<br />
O Dollar tem caído muito, e já estamos com três dias em queda (no momento em que escrevi o post o Dollar estava a R$1,6988, menor cotação desde outubro do ano passado).<br />
<br />
Como provavelmente a quantidade de entrada de capital no segundo semestre deve diminuir, o Dollar tem boa chance de se valorizar até as eleições americanas. Como hoje a liquidez nos Estados Unidos está muito alta, para isentivo do consumo, aumento da inflação, e próximo as eleições Obama deve inibir a inflação, logo o Dollar deve ganhar valor.<br />
<br />
Compre na baixa e venda na alta. Assim que funciona a coisa.<br />
<br />
Bom, se eu tivesse dinheiro, era o que eu faria, mas como "Deus" não dá asa a cobra, e quando dá tira o veneno, não tenho grana. Gastarei meu suado dinheiro em impostos e não bem de consumos.Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8390797289505029652.post-1382944658296475032012-02-26T17:20:00.000-08:002012-02-26T17:20:43.060-08:00Millennium Falcon em Lego<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjffqK3VrLwgh_MzPbkDvEmVMY__IaBbhaNT7WY7PODq8HCilW7n3WdavkT-hir0weXjjTCkYIETPg4zUcvLO4d4lbDTDaEQxxwIKytM5ontZYPFoMo6TOW9ADvZZ-dlMfD-BH5gI8SvtPg/s1600/LEGO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjffqK3VrLwgh_MzPbkDvEmVMY__IaBbhaNT7WY7PODq8HCilW7n3WdavkT-hir0weXjjTCkYIETPg4zUcvLO4d4lbDTDaEQxxwIKytM5ontZYPFoMo6TOW9ADvZZ-dlMfD-BH5gI8SvtPg/s640/LEGO.jpg" width="540" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Pra quem cresceu brincando com Lego sabe o quanto é legal esse brinquedo. Uma pena que o preço do Lego esteja tão puxado, será por isso que Minecraft está fazendo tanto sucesso?<br />
<br />
Enfim, uma coisa que todo mundo gosta é ver, são as incríveis obras com Lego, e essa é uma das que mais gostei. A maravilhosa nave Millennium Falcon<br />
<br />
Criado usando o 3ds Max e V-ray. Um trabalho muito longo de 3 anos para modelar todas as peças e processar quadro a quadro.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" mozallowfullscreen="" src="http://player.vimeo.com/video/36768371?title=0&byline=0&portrait=0" webkitallowfullscreen="" width="540"></iframe></div>Rafael de Paulahttp://www.blogger.com/profile/01545158225862650014noreply@blogger.com0